Era um casal muito pobre
Que só podiam comer pão
Não sabiam o que fazer
À Maria e ao João
Pensando que eles dormiam
A mulher e marido falavam
Levá-los para a florestaQue de lá não voltavam
Mas o João não dormia
E logo teve uma ideia
De manhã quando partiu
Levou um bocado de pão
Para na floresta espalhar
Assim marcava o caminho
Para casa poder regressar
As migalhas foi espalhando
E assim marcando o caminho
Mas o que ele não reparou
Que as comia um passarinho
Estavam muito cansados
Adormeceram um pouco
E foram abandonados
Depois quando acordaram
As migalhas procuraram
Qual foi o seu espanto
Quando nem uma encontraram
Cansados e esfomeados
Não sabiam o que fazer
Puseram-se á procura
De alguma coisa para comer
Depois de muito andarem
Qual não foi o seu espanto
Encontraram uma casinha
Que era mesmo um encanto
Era feita de guloseimas
Era mesmo apetitosa
Nela devia morar
Uma pessoa bondosa
Não resistindo á tentação
À porta foram bater
Apareceu uma velhinha
Chocolate a oferecer
Mandou-os logo entrar
Com um sorriso e bondade
Eles nem imaginaram
Que era uma bruxa de verdadeLogo o João prendeu
Para o poder engordar
E á pobre da Maria
Só a mandava trabalhar
Todos os dias mandava
O dedo na fechadura mostrar
Mas ele metia um ossito
Como ele não engordava
Resolveu assim o comer
E logo mandou a Maria
A lenha no forno meter
Maria chorava muito
Não sabia o que fazer
Então disse à bruxa má
Que o forno não sabia acender
Então a bruxa malvada
A Maria foi ensinar
Ela aproveitou a ocasião
Para a velha empurrar
Logo procurou as chaves
E o João foi soltar
Encontraram um tesouro
Que os fez pasmar
Com aquele tesouro enorme
Muito ricos iam ficar
Agora eles só queriam
A sua casa voltar
Meteram-se a caminho
Dos pais tinham saudades
E agora não teriam
De passar dificuldades
O pai quando os viu
Ficou muito comovido
A madrasta que era má
Essa já tinha morrido
Assim viveram os três
Felizes e com alegria
Com o tesouro da bruxa
Que ainda no forno ardia
Virginia Goretti, Jardim de Vila Verde
0 comentários:
Enviar um comentário